O suspeito se passou por um “rezador”
Nessa quinta-feira, 23, a Polícia Civil prendeu um suspeito de dopar um casal de adolescentes em Canindé de São Francisco. O preso seria um “rezador”, e teria ido à casa das vítimas realizar uma “reza”.
De acordo com as informações policiais, o casal compareceu à delegacia no dia 25 de abril, acompanhados pelo Conselho Tutelar e parentes. Os dois adolescentes estavam em péssimas condições de saúde, principalmente a vítima do sexo masculino. Ambos foram levados ao hospital e ficaram internados.
Segundo a perícia inicial feita por médicos, foi constatado indícios de alguma espécie de calmante no organismo dos jovens. Ambos só acordaram 24 horas após terem sido supostamente dopados pelo investigado.
De acordo com as investigações policiais, o suposto “rezador” teria pedido por diversas vezes para realizar uma “reza” na casa do casal. Após inúmeras tentativas, os dois aceitaram. Com o suspeito na residência, o suspeito teria forçado as duas vítimas a ingerirem um suposto suco de fruta. Uma das vítimas chegou a afirmar que o investigado estava em posse de uma arma de fogo.
Após a ida das vítimas à delegacia, a Polícia Civil iniciou diligências para prender o responsável pelo ato. Logo após a denúncia, o suspeito teve a sua identidade descoberta, e posteriormente, foi identificado que ele possui histórico criminal. O preso já esteve presente no sistema penitenciário pelos crimes de tráfico de drogas e homicídio, sendo a sua meia-irmã a vítima do último crime, no município de Graccho Cardoso.
Diante das investigações, foi feito o pedido à Justiça para a prisão do suspeito, sendo a detenção realizada nessa quinta-feira, na rodovia SE 230, em Canindé. Após a prisão, o suspeito negou envolvimento no crime.
As investigações continuam em andamento para identificar outras circunstâncias do fato e também a motivação do investigado.
A Polícia Civil solicita que informações e denúncias sobre crimes e suspeitos de ações criminosas sejam repassadas à polícia por meio do Disque-Denúncia no telefone 181. O sigilo do denunciante é garantido.