A prisão aconteceu na residência do suspeito no início da tarde desta terça-feira, 23
A Polícia Civil cumpriu no início da tarde desta terça-feira, 23, na cidade de Itaporanga D’Ajuda, um mandado de prisão preventiva contra o padrasto de uma menina de 10 anos de idade suspeito de estuprar e engravidar a enteada. No momento da prisão, foi apreendido na casa do suspeito uma espingarda e várias munições de calibre 38.
A Polícia Civil ressalta que trata com extrema discrição casos de estupro de vulneráveis, haja vista a exposição que a publicidade desses casos muitas vezes expõe ainda mais as vítimas dos crimes.
O delegado Paulo Cristiano, responsável pelas investigações, disse que as versões colhidas no inquérito policial apontaram que o suspeito tinha abusado da criança dentro da casa onde mora com a mãe da vítima. Ele sempre manteve-se calado.
Na primeira versão dada a polícia, a menina disse que não sabia quem tinha sido o rapaz que a estuprou. “Contamos com apoio de psicólogos e assistentes sociais e decidimos ouvir a criança novamente. Desta vez, ela contou toda a verdade e disse que foi seu padrasto que a estuprou”.
Ao acolher o pedido de prisão feito pelo delegado, a Juíza da Comarca de Itaporanga D’Ajuda determinou que o exame de DNA fosse feito com a máxima urgência. “A criança fará o exame na primeira semana do mês de maio”, disse o delegado.
Investigação
O caso chegou ao conhecimento da polícia através do Conselho Tutelar de Itaporanga D’Ajuda no dia 11 de março de 2019. Na época, um inquérito policial foi aberto e todos os procedimentos foram iniciados imediatamente. A criança passou a ser acompanhada pela Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Conselho Tutelar e Ministério Público.
Na época, a vítima e sua genitora foram ouvidas, mas por orientação dos médicos, a coleta de DNA não foi realizada em função da gestação ser de alto risco. O suspeito convive com a mãe da vítima há anos.
Apesar da pouca idade da vítima, a mãe da criança nunca notou nada estranho. Foi no hospital que a mãe da criança descobriu que a filha estava grávida.
As investigações também apontaram que o suspeito do crime era o principal incentivador do aborto da enteada. “Ele queria que a menina abortasse e era contrário à aproximação do Conselho Tutelar”, destacou. A vítima segue com acompanhamento médico e psicológico e atualmente tem 6 meses de gestação.