DHPP instaura inquérito para investigar morte de homem durante operação policial em Aracaju

O inquérito apurará todas as versões relatadas à polícia em depoimentos

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) abriu inquérito policial para investigar as circunstâncias da morte de um homem identificado como Clautênis José dos Santos, 37 anos, que foi atingido por um disparo de arma de fogo na noite desta segunda-feira, 8, durante uma operação policial da Divisão de Roubos e Furtos de Veículos (DRFv). O delegado-geral em exercício, Jonatas Evangelista, a corregedora-geral, Erika Magalhães, e a diretora do DHPP, Thereza Simony, detalharam o caso em coletiva realizada na manhã desta terça-feira.

O secretário da Segurança Pública, João Eloy, prometeu empenho nas investigações e acionou o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Corregedoria da Polícia Civil para começar, já nas primeiras horas da manhã desta terça-feira, os levantamentos sobre as circunstâncias da ocorrência. Testemunha que estava no carro, motorista e policiais já foram ouvidos no DHPP.

A diretora do DHPP, delegada Thereza Simony, esclarece que cinco pessoas já foram ouvidas até o momento e que é bastante prematuro apresentar conclusões do que aconteceu. “O caso não é tratado no primeiro momento como erro policial. Os policiais estavam a serviço, numa missão de apuração de roubos de veículos naquela área da cidade e ocorreu um desfecho que está sendo objeto de apuração pelo DHPP”, destacou. 

Simony enfatiza que os policiais fizeram uma abordagem aos ocupantes do veículo. “O inquérito vai apurar o que ocorreu depois dessa abordagem e as conclusões serão passadas em breve à sociedade. O caso aconteceu a menos de 12 horas e ainda é muito prematuro tirar alguma conclusão. Temos 30 dias para concluir o inquérito e faremos o possível para cumprir o prazo legal”, pontuou.

De acordo com o delegado-geral em exercício, Jonathas Evangelista, os policiais civis foram ao bairro Bugio para investigar o roubo de um veículo Corola, mas não confirmaram a denúncia. No retorno, eles se depararam com um veículo de aplicativo, na zona norte da capital, e decidiram realizar a abordagem. “As diversas versões apresentadas estão sendo checadas e confrontadas a fim de entender o desfecho desse caso”.

A corregedora-geral da Polícia Civil, Erika Magalhães, está acompanhado o caso e ressalta que neste primeiro momento não há necessidade de adotar medidas administrativas de afastamento dos policiais da atividade-fim. “Estamos aguardando a conclusão do inquérito policial para decidir se haverá necessidade de adotar providências na esfera administrativa. Os policiais já foram ouvidos e a princípio não serão afastados de suas funções”.

Coletiva de Imprensa


Última atualização: 9 de abril de 2019 16:46.

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